A chegada do carrinho aos supermercados contribuiu para transformar o consumo de produtos da população

    Hoje, um item tão corriqueiro no dia a dia das pessoas, como o carrinho de compras, foi algo que transformou a forma como a população fazia compras quando surgiu, no início do século XX. Atualmente, já existem versões que utilizam inteligência artificial para facilitar a vida dos consumidores, além da possibilidade de usar cupons, como o desconto Extra, em compras virtuais.

    Entretanto, o lançamento do carrinho de compras não foi um sucesso como muitos podem pensar. Você sabe qual é a história desse item e como ele alterou o estilo de compras das pessoas? Entenda no texto abaixo.

    Surgimento e transformação no consumo

    Sylvan Goldman é considerado o pai dos carrinhos de compras modernos, dono de uma mercearia em Oklahoma. Contudo, no primeiro dia em que os disponibilizou em sua loja, percebeu que nenhum cliente estava usando os carrinhos. 

    No caso dos homens, a justificativa de muitos é que o uso dos carrinhos fariam eles parecerem fracos, com eles preferindo carregar as cestas repletas de produtos. Já as mulheres queixavam-se de que já empurram os carrinhos de bebês, não querendo também ter que empurrar os carrinhos nas lojas.

    A inovação começou a ganhar mais adeptos quando passou a ser utilizada em supermercados. Por sua vez, esses estabelecimentos também colaboraram para mudar o estilo de consumo das pessoas. Antes, os clientes faziam suas compras indo até uma mercearia próxima de casa ou encomendando os produtos para entrega.

    Com os supermercados de autoatendimentos, os clientes passaram a escolher quais produtos levariam para casa. E à medida que mais pessoas tinham carros com baús e geladeiras em suas residências, elas também passaram a comprar mais itens do que antes.

    Para incentivar o uso do carrinho (que ainda encontrava muita resistência), Goldman contratou pessoas para andar por sua loja com o carrinho, enchendo-os de compras. Assim, cada vez mais clientes começaram a se sentir confortáveis em usá-los, fenômeno que fez com que Goldman vendesse os carrinhos para outros supermercados.

    Uma preocupação dos gerentes das lojas em adquirir os carrinhos é que eles temiam que as crianças se envolvessem em acidentes ou danificassem eles. Para contornar o problema, Goldman desenvolveu, alguns anos depois, um modelo que tinha uma cadeira de criança, novidade que até hoje está presente e que facilitou a vida de quem ia ao supermercado acompanhado de crianças pequenas.

    Uma vez nas graças do público, o carrinho tornou as idas ao supermercado mais dinâmicas e menos cansativas. Com eles, o cliente poderia carregar mais produtos de uma única vez, com facilidade para se deslocar tanto dentro da loja quanto no estacionamento, levando suas compras até o seu veículo.

    A chegada deles também fez com que mais pessoas comprassem por impulso, uma vez que permitiu que elas pudessem fazer um movimento rápido de ir de objeto em objeto nas prateleiras. As próprias marcas colaboraram para isso, também passando por mudanças: para estimular os sentidos dos clientes, elas adicionaram logotipos cativantes, embalagens brilhantes e o uso de mascotes e personagens em suas estampas.

    Carrinhos inteligentes e versão digital

    Em questão de design, o carrinho de compras não mudou muito ao passar das décadas. Entretanto, o avanço da tecnologia permitiu que fosse acrescentado algumas inovações, que prometem facilitar ainda mais o uso do carrinho pelos consumidores.

    Hoje, existem carrinhos inteligentes que são equipados com leitor de código de barras e uma tela touch screen. Com eles, o cliente pode escanear os produtos, acompanhar todo o processo de compra, fazer o check out e o pagamento de suas compras, tudo sem a necessidade de enfrentar filas.

    Isso permite que os clientes façam compras de maneira independente, sabendo o valor exato de suas compras. Eles também têm a oportunidade de fazer o pagamento na hora, sem precisar ir até o caixa.

    O carrinho de compras também se transformou em símbolo do consumo virtual. Afinal, ao comprar em qualquer loja virtual, o cliente está sempre adicionando os produtos ao famoso carrinho virtual. Nele, é possível ver todos os itens separados após navegar pelas ofertas da loja, assim como aplicar cupons de descontos e verificar o valor do frete para entrega no endereço da pessoa.

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    Formado em Publicidade e Propaganda pela UFG, Nathan começou sua carreira como design freelancer e depois entrou em uma agência em Goiânia. Foi designer gráfico e um dos pensadores no uso de drones em filmagens no estado de Goiás. Hoje em dia, se dedica a dar consultorias para empresas que querem fortalecer seu marketing.